05/07/09

Criou-me Portugal na verde, e cara Pátria minha, Alenquer


era assim que Luis de Camões descrevia a " O Presépio de Portugal", que durante muitos anos parece ter parado no tempo e como que uma brisa positiva actualmente, desperta a sua eterna beleza nos arranjos pasagísticos que durante tantos anos teimava em deteriorar-se, estou a falar, nomeadamente do Rio que agora dá gosto ver, com os seus patos e as suas margens empedradas e pedonais, num arranjo artístico digno de ser referido. Lembro-me na minha infância e juventude, ser confrontada com um Rio, abandonado e desolado e lembro-me também da minha mãe me falar,(de quando ela era menina), da beleza da água desse mesmo Rio. Já tinha perdido a esperança de ver em vida este arranjo magnifico que assisti na passada sexta-feira. Vivo fora da Alenquer há muitos anos e no escasso tempo que lá passo é pouco para estar em casa com o meu filho, que nunca se afastou de lá. Foi pela mão dele que conheci outra Alenquer, que me emocionou e me encantou em termos paisagísticos (não falando de algumas construções menos brilhantes, claro). Mas os técnicos do Municipio, desta área, estão de parabéns e também a Admnistração por "ter dado a ordem".
Apetece-me cantarolar uma velha canção do também, alenquerense, Tristão da Silva, que dizia mais ou menos isto:

Do cimo da velha torre
vi uma vez Alenquer
de prazer também se morre
e eu desfaleci de prazer

Alenquer presépio de Portugal
Meu brinquedo de natal que a Jesus apeteceu
Alenquer terra de sonho e de lenda
és a mais divina prenda
que El Rei Afonso nos deu

Alenquer quando em noites de luar
teus moinhos a cantar parecem dizer tão bem
Ai Alenquer, Ai Alenquer,
quem é que não te quer bem!










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