Um dos grandes pensadores do século 20, Lévi-Strauss tornou-se conhecido em França, onde os seus estudos foram fundamentais para o desenvolvimento da antropologia. Lévi- Strauss, jamais aceitou a visão histórica da civilização ocidental como privilegiada e única. Sempre enfatizou que a mente selvagem é igual à civilizada. A sua crença de que as características humanas são as mesmas em toda parte surgiu nas incontáveis viagens que fez ao Brasil e nas visitas a tribos de índígenas das Américas do Sul e do Norte.O antropólogo passou mais de metade da sua vida estudando o comportamento dos índios americanos. O método usado por ele para estudar a organização social dessas tribos chama-se estruturalismo. "Estruturalismo", diz Lévi-Strauss, "é a procura por harmonias inovadoras".As suas pesquisas, iniciadas a partir de premissas lingüísticas, deram à ciência contemporânea a teoria de como a mente humana trabalha. O indivíduo passa do estado natural ao cultural enquanto usa a linguagem, aprende a cozinhar, produz objectos etc. Nessa passagem, o homem obedece a leis que ele não criou: elas pertencem a um mecanismo do cérebro. Escreveu, o antropólogo no "O Pensamento Selvagem", que a língua é uma razão que tem as suas razões - e estas são desconhecidas pelo ser humano.Lévi-Strauss não vê o ser humano como um habitante privilegiado do universo, mas como uma espécie passageira que deixará apenas alguns traços de sua existência quando estiver extinta.
"Todos os antropólogos franceses são filhos espirituais de Lévi-Strauss." Dinah Ribard
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