O qual é: gostar de dizer mal do seu próprio País. A “piolheira” como lhe chamava D. Carlos.
Sacudamos o pessimismo dos economistas com medo pânico do deficit. Quando alguns Nobel da economia, aconselham a União que o deixe crescer, se for necessário, para atacar o flagelo do desemprego, a maior de todas as preocupações. Para salvar a tranquilidade política e social,um elemento tão decisivo de uma boa governabilidade.
Acresce que não temos só o mau vício de dizer mal de nós próprios. Temos outro, também grave, que a Democracia Pluripartidária nos trouxe: o gosto das guerrilhas partidárias, em si mesmas, sem ideias nem ideologias claras e de discutir o acessório - as ambições partidárias e pessoais de poder e interesses mesquinhos - esquecendo o essencial. Ora, o que é hoje o essencial? É vencer a crise, sem pôr em causa as conquistas sociais, lutando contra o desemprego, com inteligência e bom senso, contra o endividamento do Estado e das Famílias, e ainda contra o despesismo público e privado.
(Mário Soares)
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