25/09/11

Acabei de ouvir

 e ver na televisão algo que me chocou e indignou, o Cardeal Patriarca D. José Policarpo disse entre outras coisas que "ninguém sai de lá com as mãos limpas" referindo-se à política. Primeiro eu pensava que um alto "comissário" da Igreja Católica soubesse a origem da palavra política... Segundo também esperava que por representar o que representa, não tomasse "a parte, pelo todo", porque afinal, os corruptos, são sempre corruptos, estejam onde estiverem, assim, deveria de respeitar aqueles que entraram e saíram na política "com as mãos limpas", terceiro ponto, gostava de perguntar se os inúmeros cidadãos ao serviço da Igreja Católica que são afastados (ou ainda lá permanecem), quando abusam de crianças e as maltratam para seu prazer se têm "as mãos limpas". Por fim, lembrar ao Senhor Cardeal que a orientação que dá aos seus seguidores para não se envolverem directamente mas sim indirectamente, na política, não passa de uma orientação hipócrita. Só que ao contrário do que "chefe da Igreja Católica portuguesa" afirma, existem muitas pessoas através das instituições canonicamente erectas (e não só) a exercer muito bem a sua acção politica quotidiana, (com as devidas excepções), como aliás tudo na vida.

Sou católica pelo baptismo e senti-me indignada (que é um dos direito dos cidadãos consagrado, ainda, na Constituição da Republica Portuguesa), com as afirmações do Senhor Cardeal Patriarca, em meu entender, completamente imponderadas, dado ter a formação/informação que possui…

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